Uma tempestade se forma lá fora
Os ventos fortes que fazem balançar fios, portões e telhas
É o mesmo vento que fala uma língua antiga
Que há muito tempo já se perdeu
Os relâmpagos a iluminam o escuro da noite
Enquanto os trovões conversam com os ventos ancestrais
E a chuva que começa fraca, como um sereno
De repente cai forte e banha tudo de uma única vez
Eu não me interesso em quanto tempo esta tempestade irá durar
De algum modo eu só quero vê-la se formar
E sentir o cheiro de terra molhada que ela trará
Eu nunca sei se ela é amiga ou não, nem por que sua força me atrai
Mas sei que a tempestade que cai lá fora – além de me lembrar olhos castanhos
Conversa diretamente com a tempestade que cai dentro de mim